Simultaneamente, a Paróquia São João Eudes, celebrou, na tarde-noite de ontem, na Igreja Matriz e nas capelas Santa Luzia, Nossa Senhora da Libertação e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e, em seguida, todos os paroquianos foram convidados a participar da Via Sacra, encenada por jovens, na Igreja do Menino Deus.
Primeiramente, na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o padre Amado presidiu a celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo. Depois da procissão de entrada, o sacerdote prostrou-se diante do altar e fez uma oração, dando início a celebração, que constou de quatro momentos: Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração à Santa Cruz e Distribuição da Comunhão.
No final, o celebrante agradeceu aos fiéis presentes e que “vocês continuem e levem Jesus Cristo para os seus familiares”. E em seguida, foram convidados a participarem da Via Sacra.
VIA SACRA
Na Matriz, depois da Adoração à Santa Cruz, todos saíram e passaram a percorrer as ruas Jaime Leonel, Doralice Costa, Reverendo Bolivar Pinto Bandeira, Luíza Miranda Coelho, Livreiro Luís Maia e Rua D, voltando para a Igreja Menino Deus, no espaço de mais de uma hora, com os jovens encenando a Via Sacra, que tocou no coração de muitos que participavam da celebração.
A 1ª Estação, foi encenada ainda na Igreja Matriz, com Jesus sendo condenado à morte, com o celebrante, padre Luís Gabriel, que também é o pároco, dizendo que “tal como Jesus, nossa juventude também vem sendo condenada à morte”. Na 2ª Estação, Jesus carrega a cruz. “E são muitas as cruzes que os nossos jovens experimentam para encontrar a vida que tanto almejam: a vida feliz”. Na 3ª Estação, Jesus cai pela primeira vez e “Jesus caiu por terra. Eis que uma juventude angustiada caminha em direção ao Calvário. Nossos jovens caem prostrados diante das drogas, do erotismo, pornografia e promiscuidade”. 4ª Estação: “Jesus se encontra com sua mãe. Comentando essa Estação, o Documento de Aparecida nos alerta sobre as profundas mudanças que nossa sociedade vem passando e com essas mudanças os jovens acabam sendo afetados por elas”. 5ªEstação: Simão, Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz. “Há momentos na vida em que a cruz se torna pesada, quase insuportável, mas, ao longo do caminho, Deus sempre coloca “Cirineus” para nos ajudar. Nossa juventude também faz a experiência amarga do peso da cruz ao longo da caminhada”. 6ª Estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus: “Nessa Estação, queremos lembrar todos aqueles jovens que assumiram a proposta de Jesus para a sua vida”. Na 7ª Estação, “Jesus cai pela segunda vez”: A subida ao Calvário vai se tornando cada vez mais insuportável. As forças vão se esvaindo..”. 8ª Estação: “Jesus consola as mulheres”. Quantas mães choram hoje ao verem seus filhos sem esperança”. Na 9ªEstação: “Jesus cai pela terceira vez” e “quem nesta vida está livre de quedas e fracassos?”. 10ª Estação: “Jesus é despido de suas vestes” e “Jesus continua despojado e humilhado em cada jovem que não possui as condições dignas de vida. O jovem oprimido pela pobreza, pela falta de oportunidade, de estudos e de trabalho é um grito levantado ao céu, que não passa despercebido diante de Deus, tal como o sangue de Abel, o justo”. Na 11ª Estação: “Jesus é pregado na cruz” e “não vemos em Jesus alguém que nos dá apartamentos, casas, emprego ou carro. Ele nos dá dignidade para administrar a nossa vida. Jesus nunca prometeu livrar alguém da dor e da cruz”. 12ªEstação: “Jesus morre na cruz”. A Igreja, nossa Mãe, no Sagrado Tríduo Pascal, mostra-nos, de modo solene, Cristo crucificado, para reconhecermos nele o Autor da Vida, que “por sua morte destruiu a nossa morte”. Já retornando à Matriz, contemplamos as três últimas estações. Na 13ª Estação: Jesus é descido da cuz”. A dor de Maria nesse momento, ao receber o filho morto nos braços, é como a dor de tantas mães, que veem seus filhos despedaçados pela violência, pelo narcotráfico, pelos sistemas opressores deste mundo. A mãe tem o coração “transpassado pela mesma espada que atravessa o seu filho”. 14ª Estação: ”Jesus é sepultado”. “Quando nossa sociedade exclui os jovens, limita suas condições de desenvolvimento integral, sepulta-os, marginaliza-os. É deve de cada um de nós conjuntamente com o Estado suscitar espaços e oportunidades para que cada jovem possa exercer seu protagonismo de pessoa humana e cidadão”. 15 Estação: “Jesus ressuscitou”: A ressurreição de Jesus é a certeza de que o amor de Deus é mais forte que a morte” (cf Ct. 8,6).
No final , o pároco Luís Gabriel agradeceu a todos os fiéis que participaram da celebração e, especial aos jovens que “contribuíram para essa encenação, que não é uma encenação, mas uma celebração”. E todos os jovens que deram a sua contribuição foram convidados ao presbitério, para que fossem vistos por todos os presentes.