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quarta-feira, 28 de março de 2012

EUDISTAS COMEMORARAM 369 ANOS DA CONGREGAÇÃO DE JESUS E MARIA






























Os padres Eudistas comemoraram ontem, dia 26, os 369 anos de fundação da Congregação de Jesus e Maria, fundada em 25 de março de 1643 por São João Eudes. Os festejos oconteceram no dia 26, porque o dia 25 caiu num domingo, "Dia do Senhor".As comemorações foram realizadas na Casa de Formação e Centro de Espiritualidade "Os Sagrados Corações", com uma missa concelebrada pelo superior local e reitor da Casa de Formação, padre Luis Amado Vanegas Gomes e padre Luís Gabriel Mendonza, pároco da Paróquia São João Eudes, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza.Em seguida, foi servido um jantar aos associados, membros e amigos da Congregação.A celebração eucarística, presidida pelo padre Gabriel, foi iniciada com o celebrante agradecendo a presença de todos, que estavam participando daquela missa, "e tem nos ajudado". Ele aproveitou ainda para fazer um histórico não só da Congregação como também do seu fundador, São João Eudes.

Mutirão de Confissões: Matriz


No dia 27 de março de 2012. Ocorreu na igreja Matriz Menino Deus, o mutirão de confissões. Começou as 17:00 horas e terminou as 21:45, com adoração ao santíssimo. Padre Luis Gabriel, Padre Cristiano, Padre Amado e Monsenhor Idelfonso, confessaram 125 pessoas, que estavam presente.  

Aberta o novo site da Paroquia


A Paroquia entra com um novo passo na comunicação. O site oficial da Paroquia, estar funcionando mas em fase de teste. Neste site, sera possível ver as informações das atividades paroquias, a palavra do pároco e mais. A pastoral da comunicação (PASCOM) voltará para evangeliza e leva as informações de nossa Paroquia, através do Site, do Blog, da Radio Web ,do jornalzinho '' Ave Cor'', das Redes Sociais e mais.

Site Oficial: http://www.paroquiasaojoaoeudes.com/teste3/site/index.php

segunda-feira, 26 de março de 2012

369 ANOS AINDA NOVO CAMINHO DO SENHOR


369 ANOS AINDA NOVO CAMINHO DO SENHOR

Escrito por Alexander em Echeverry . Postado em Notícias da Comunidade
369 anos por abrir novos caminhos ousadamente (cf. Const. 14), significa que a experiência de João Eudes marcou não só a casa e formas de desenvolver esse dom do Espírito de Jesus dentro da Igreja e da sociedade de seu tempo, mas também a essência do trabalho que construiu a Igreja ea sociedade.
Acho que o gênio de João Eudes, juntamente com a fundação da Congregação eo legado espiritual precioso era a sua capacidade de mostrar que a sua pessoa foi penetrada e invadiram o espírito que o possuía e dinamizaba, e que a experiência criativa constante do Senhor Jesus em dele, refletida em sua obra educativa e missionária, que mostrou que sua vida era a ideia do Senhor Jesus Cristo vive e reina em seu coração.



Por esta razão, de produção, obras e missões das Eudists deve ser uma expressão do que acontece no coração de cada "nova criação", de modo que os Eudes pai nos deu a capacidade de ser leitores de vida recorrentes, realidade, a história, presente e passado, e da Palavra, para gerar, e de nós, novas estradas, é como se tivéssemos herdado uma espécie de qualidade para homens e mulheres de nosso tempo a responder com coragem e engenhosamente de ponta iniciativas que se desenvolvem em resposta ao gênio que o Espírito trabalha principalmente dentro de cada Eudist.
Perante esta realidade poderia dizer que, se "o filho de tigre pintadas fora", para os filhos de João Eudes chegou ao seu fundador: cheio do Espírito, cheio de amor, cheia de graça, dotado de inteligência, treinado para o serviço, intrépido e criativo, e assim por diante., isto significa que cada Eudist é a possibilidade de que o Senhor Jesus Cristo, nestes tempos, para abrir novos caminhos com ousadia, porque o Senhor da vida e da história levanta, em e de cada Eudist, o possibilidade de nova criação. Cada Eudist nova criação é, portanto, uma possibilidade de abrir novos caminhos com ousadia. Cada Eudist é gênio e nova maneira de o Senhor para a Sua Igreja e culturas.
Agora, a expressão de novas estradas é a natureza espetacular da obra ou projeto, mas o gênio que faz e do gênio de sua vida para fazê-lo. Isto significa que o Eudist, movido por um profundo amor por Deus e os homens e mulheres, e uma generosa doação para a Igreja, cria o grande e corajoso, porque o Senhor faz Eudist capacidade de capacidade, de sua audácia.
O Senhor Jesus Cristo faz a sua ousada é a própria vida de Eudist em constante abertura ao Espírito, como frutas e folhas, voltando a Ezequiel 47, 12, respectivamente, são alimentos e remédios, porque foi regada com água do Espírito Santo, é o coração de seu coração, a alma de sua alma ea vida de sua vida. Isto significa que o Eudist, seguindo a sua vida e atualizar as intuições de São João Eudes, na produção de alimentos e projetos de nutrição e ações medicinais e atitudes, porque são o resultado do que você alimenta, a graça eo amor do Senhor. O Eudist capacidade é Jesus e ele mostra e fluiu através coisa viva se, criar, compartilhar, celebrar e trabalhar.
Portanto, com estas simples linhas eu quero incentivar a reflexão sobre todos os irmãos que somos geniais, de modo que cada um é capaz de abrir nova estrada ousadamente por Jesus no seu povo. Assim, além de toda a ênfase a colocar no trabalho e se preocupar com espectacularidades que fazemos, devemos dedicar-nos a sentir-se como as principais obras do Senhor, porque através de Jesus torna-nos coisas novas. Este é o gênio dos Eudists. Então, finalmente, tentar ser uma expressão de que de que nos dotou de batismo, que recebemos no ministério e que nós herdamos de São João Eudes, de modo que nesta corrente cultural e eclesial que participamos como sujeitos autores e atores, somos novas formas de Jesus entre as nações. Esse é o sinal claro da nossa espiritualidade viva e expressão viva da dinâmica da Encarnação.
Viva Jesus e Maria!

P. Echeverry Alexander Arevalo, cjm


Traduzido para Português 

domingo, 25 de março de 2012

PROGRAMAÇÃO SEMANA SANTA 2012


PROGRAMAÇÃO SEMANA SANTA 2012

DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR
Hosana ao Filho de Davi, bendito o que vem em nome do Senhor!
Procissão e benção dos Ramos, Leitura Solene da Paixão do Senhor e Liturgia
Eucarística
Igreja Matriz Menino Deus 7h00 e 19h00
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 9h00 e 18h30 Capela Santa Luzia 8h00 e 17h00
Comunidade Nossa Senhora da Libertação 9h00 Comunidade Misericórdia, sábado 17h30
Quarta Feira Santa
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 19h00
Capela Santa Luzia 19h00
Comunidade Misericórdia, 19h30. As Confissões a partir das 18h30
TRIDUO PASCAL DA PAIXÃO E RESSUREIÇÃO DO SENHOR

QUINTA FEIRA DA CEIA DO SENHOR
Na ceia derradeira, Jesus tomou o pão, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos.
Celebração da Eucaristia e o lava pés, traslado da Santa Reserva.
Igreja Matriz Menino Deus 18H30
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 18h30
Capela Santa Luzia 18h30
Comunidade Nossa Senhora da Libertação 18h30
Observação: O Santíssimo estará disponível no tabernáculo para a adoração pública até a as 22h00
SEXTA FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR                                                   O Cristo o Filho de Deus com seu Sangue nos remiu. Vinde todos adoremos!
Leitura Solene da Paixão do Senhor, oração universal, adoração da Santa Cruz e
Sagrada comunhão Igreja Matriz Menino Deus 16h00
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 16h00
Capela Santa Luzia 16h00
Comunidade Nossa Senhora da Libertação 16h00
Observação: Após a celebração Solene Via Sacra para contemplar os últimos momentos da vida de Cristo saindo da Igreja Matriz Menino Deus até a Casa de Formação os Sagrados Corações. Para a via sacra levar velas para a procissão. Hora: 17h30
SÁBADO SANTO
Cristo por nós padeceu, morreu e foi sepultado: vinde todos adoremos!
Durante este dia a Igreja permanece em silencio junto a sepulcro do Senhor na
esperança da vitoria da ressurreição
Casa de Formação os Sagrados corações 7h30  LITURGIA DAS HORAS E OFICIO DE LEITURAS
SOLENE VIGÍLIA PASCAL
Se, pois morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele (Rom. 6,8)
Benção do fogo novo, Solene proclamação da Páscoa, Leitura da historia da Salvação benção da água e renovação das promessas batismais e comunhão pascal.
Igreja Matriz Menino Deus 20h00
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 19h00
Capela Santa Luzia 20h00 -
Comunidade Nossa Senhora da Libertação 19h00
Observação: para a vigília pascal levar velas e água para ser benta
DOMINGO DE PÁSCOA
O Senhor ressurgiu. Aleluia, aleluia!
Solene Eucaristia Pascal e Renovação das promessas batismais
Igreja Matriz Menino Deus 7h00 e 19h00
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro 9h00 e 18h30 Capela Santa Luzia 8h00 e 17h00

MUTIRÃO DE CONFISSOÔES
Igreja Matriz Menino Deus. Terça feira 27 de março
Capela Santa Luzia , quarta feira 28 de março
Capela Nossa Senhora do Perpetuo Socorro , sesta feira 30 de março
O mutirão começa as 17MO com adoração ao santíssimo durante a Reconciliação. Os padres estaremos confessando até o último penitente
o Começo e o Fim, o Inenarrável Começo,Ele, o Cristo, o Alfa e o Omega,
o Incompreensível Fim, o Rei, a Ele, Jesus, o Chefe, o Senhor,
O que ressurgiu dentre os mortos,
O que está assentado á direita rio Pai,
O que conduz ao Pai e é conduzido pelo Pai,
a Ele, glória e poder pelos séculos. Amem (Melitão de Sardes)





Rua Jaime Leonel s/n - Luciano Cavalcante CEP: 60.811-320 - FORTALEZA-CEARÁ- TEL: (85) 3278.1263

Jantar Beneficente

A Comunidade de Santa Luzia convida a todos para um jantar beneficente a ser realizado no dia 26 de Maio às 19:30h, 
Com Sorteios de brindes e Show Musical. Tem o objetivo de angariar fundos para troca do piso de nossa Capela. o Convite custa R$ 20,00 por pessoa. Vendas na Capela de Santa Luzia (durante as Missas).

segunda-feira, 19 de março de 2012

Missa de São José

No dia 19 de março de 2012, toda a igreja do Ceara comemorou o dia de seu padroeiro, São Jose. Em nossa Paroquia, ocorreu missa em comemoração a São Jose na Matriz as 07:00 horas, que foi presidida pelo Padre Luis Gabriel. Logo ao final ele chamou todos os Joses presentes, para canta os parabéns.

Reflexão Quarto Domingo Quaresma



QUARTO DOMINGO DA QUARESMA

Livro do 2º Crônicas 36,14-16.19-23.

Naqueles dias, todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs, e profanaram o Templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém. O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada. Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo. Os caldeus incendiaram o Templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém. Lançaram fogo nos seus palácios e destruíram todos os objetos preciosos. O rei dos caldeus deportou para Babilônia todos os que tinham escapado ao fio da espada e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos». No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a Palavra do Senhor, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: "Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de lhe construir um Templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem dentre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele".

Reflexão
1)    “Os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs”:  O povo de Israel, incluídas as lideranças religiosas, se deixa arrastar pelos outros povos. Não foram capazes de ser luz para os outros povos. Faltou-lhes interiorização espiritual. Isto mesmo pode acontecer hoje com os cristãos. Não esqueçamos que Jesus nos deixou uma tarefa fundamental: Vocês são a luz do mundo... Vocês são o sal da terra (Mt 5, 13-14).

2)    “Deus, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros”: Toda a Bíblia testemunha do amor inquebrantável de Deus, que acompanha o povo na sua caminhada histórica, que não o deixa sozinho, que propõe ajudas (a Lei, os mensageiros, etc.).  Existe, pois, uma pedagogia divina. O que deve ser examinado e avaliado é a atitude e a resposta do povo. Qual é nossa resposta?

3)    “Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas”: A reclamação que o autor do livro faz ao povo é da sua atitude de rejeição, de descuido e de superficialidade espiritual. Qual é a nossa atitude diante dos mensageiros de Deus? Sabemos discernir entre os verdadeiros e os falsos profetas? Quem são os profetas  hoje?

4)    “Os caldeus incendiaram o Templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém. Lançaram fogo nos seus palácios e destruíram todos os objetos preciosos”: O texto alude a invasão babilônica. Note-se que o autor está falando de um ponto de vista teológico: a situação de pecado e de obstinação chega a tal ponto que Deus (que tem sido rejeitado e não escutado) decide deixar o povo a sua sorte, se confrontando com as consequências do seu comportamento. Este silêncio de Deus é interpretado (posteriormente) como “castigo de Deus”. Qual é a idéia que nós fazemos desta noção teológica chamada “castigo de Deus? Algumas vezes pretendemos que Deus nos escute e aja em favor nosso, quando com frequência fechamos nossos ouvidos à sua Palavra. Por que esta inconsistência?

5)    “Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos»: Note-se a expressão (um sábado contínuo): um tempo de espera, de reflexão, de solidão, de penitência purificadora... Com a esperança de um acontecimento novo por parte de Deus. Na espiritualidade cristã é o sábado Santo; sábado de espera do grande acontecimento da ressurreição. É um tempo teológico e não simplesmente um dia cronológico. É claro que o castigo não é definitivo, porque o que Deus pretende com seu silêncio não é acabar com o povo senão  formá-lo, chamá-lo à conversão, abrir seu coração.

6)    “O Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia”: Ciro aparece nesta narração como instrumento de Deus. Ele é uma das inúmeras mediações históricas das quais Deus se serve para realizar o seu Projeto de Salvação. Neste caso a mediação tem uma característica especial: trata-se de um Rei estrangeiro: a salvação chega através da mediação de um estrangeiro. A mensagem é clara: Deus não é só o povo de Israel, mas o Deus da humanidade toda, e, portanto, a salvação é para todos. Aquilo que o povo não foi capaz de fazer (ser luz para os outros), um estrangeiro o realiza para o bem de Israel. Estamos preparados para acolher os sinais que Deus nos envia através de mediações extra eclesiais? Como nos situamos diante da expressão “fora da Igreja não há salvação?

7)    “Quem dentre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele”: O texto termina de uma forma positiva: abre-se uma nova etapa de salvação para o povo. Deus não guarda rancor. O que Ele quer, neste momento, é que o povo levante a cabeça e se concentre num esforço de reconstrução.

8)   Voltemos sobre o texto e identifiquemos a sua estrutura. Podemos identificar 6 momentos: 1) pecado; 2) ajuda de Deus; 3) rejeição da ajuda (obstinação); 4) silêncio de Deus / deportação (castigo pedagógico); 5) nova ajuda de Deus; 6) projeto reconstrutor.  Este processo é o que – na perspectiva cristã - deve viver a Igreja (cada cristão/cristã). Para isto foi escolhido este texto e introduzido na liturgia da Igreja.  Como estamos vivendo este tempo da quaresma proposto pela Igreja? Peguemos o tempo para identificar em nossa vida este processo teológico proposto pelo texto da primeira leitura.

9)   Tendo clara a mensagem da primeira leitura podemos ver que o Salmo está fazendo claro eco à experiência da deportação do povo da Babilônia. Vejamos:
Salmos 137(136)

Junto aos rios da Babilônia
nos sentamos a chorar, 
recordando-nos de Sião (Jerusalém). 
Nos salgueiros das suas margens,
penduramos as nossas harpas. 
Os que nos levaram para ali cativos
pediam-nos um cântico; 
e os nossos opressores, uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».
Como poderíamos nós 
cantar um cântico do Senhor

estando numa terra estranha? 
Se me esquecer de ti, Jerusalém, 
fique ressequida a minha mão direita! 
Pegue-se-me a língua ao paladar,
se eu não me lembrar de ti

se não fizer de Jerusalém 
a minha suprema alegria!

     O Salmo lembra com amargura a época do desterro da Babilônia. Época de silêncio de Deus; tempo teológico de castigo; de crise, de necessidade de reflexão (para ver porque aconteceram estas coisas); tempo de conversão.
     O povo experimenta a caçoada dos estrangeiros, que lhes convidam a cantar (sinal de alegria) um salmo (cântico de Sião) no meio de uma situação triste. O que para o povo no desterro é importante (o salmo que expressa a aliança com Deus) para os outros povos (neste caso o estrangeiro) é sinal de brincadeira.
     O povo tem aprendido a lição; sabe que tudo o que aconteceu foi consequência do seu pecado. O povo se esqueceu de Deus, não foi fiel a Aliança, não escutou a voz de Deus, rejeitou seus servidores. Por isso, agora, é capaz de afirmar: Pegue-se-me a língua ao paladar, se eu não me lembrar de ti. Quando nos afastamos de Deus a vida se desconfigura, se desestrutura, se torna triste e sem sentido.

10) Terminemos esta reflexão lendo e meditando o Evangelho.  
S. João 3,14-21

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, a fim de que todo o que nele crer tenha a vida eterna. Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crer não se perca, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crê no Filho Unigênito de Deus.
E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De fato, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas ações não sejam desmascaradas. Mas “quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus atos são feitos segundo Deus».

Caminhada Penetencial

 

 

 

 


 

sábado, 10 de março de 2012

Reflexão Terceiro Domingo Quaresma



TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA
Leituras
Êxodo 20,1-17; Salmo 18; 1Coríntios 1,22-25; João 2,13-25
Gostaria de convidar vocês a centrar atenção no texto do Evangelho proposto para este terceiro domingo do tempo da quaresma.
Para entender o sentido do texto do Evangelho deste domingo é preciso levar em conta a densidade do clima de expectativa religiosa que se vivenciava em Israel no tempo de Jesus. O panorama religioso judeu não era uniforme. Havia distintos grupos e cada um deles com suas especificidades teológicas e ideológicas, num mundo em que religião e política eram inseparáveis. Todos os grupos religiosos judeus esperavam a irrupção do Reino de Deus e, a vinda do Messias, que devia inaugurá-lo.
Para os Zelotas havia chegado – assim pensavam eles – a hora de tomar as armas e se desfazer da dominação romana, para assim instaurar o Reino de Deus. Eles não aceitavam que o povo, o Templo e o culto estivessem sujeitos ao Império.   
Os Saduceus simpatizavam com o Império ou – pelo menos – queriam se congraçar com ele. Para eles bastava manter a contento o império na medida em que o mesmo não afetasse demais os seus interesses de classe. Por isso, eram vistos pelo povo com desconfiança e ódio.
Os Essênios haviam optado por abandonar a cidade (que consideravam “corrupta”) para se estabelecer no deserto (perto do Mar Morto) no território conhecido como Qumram. Haviam denunciado certa corrupção que tinha se instalado no Templo e no sistema religioso da época. Eles esperavam – entre purificações, oração e estudo da lei – o momento oportuno (kairós).
Os Fariseus consideravam, igualmente, que a dominação romana era um peso insuportável e que deviam recuperar a autonomia do Templo. Porém, eles não entraram em nenhum movimento violento ao estilo dos Zelotas, mas dedicaram-se ao estudo e observância estrita da lei, que  nessa época, tinha se transformado num sistema de normas bastante complexo e difícil, impedindo assim que as pessoas pudessem viver uma experiência libertadora do religioso. Além do mais, por causa da mentalidade legalista deste grupo religioso, muitos se sentiam excluídos da possibilidade de participação na vida religiosa oficial (não tinham direito a salvação). Alguns destes fariseus tinham caído numa atitude arrogante e orgulhosa, que Jesus criticará duramente.  
Jesus e a sua comunidade de discípulos se distanciam destes grupos e destas propostas religiosas. Sem dúvida, Jesus denuncia a manipulação a que está submetida a religião, a exclusão de alguns setores da população, especialmente a exclusão dos pobres e dos pecadores.
Tendo em conta este clima de expectativa religiosa devemos dar mais um passo. Para o autor do quarto Evangelho é muito importante relacionar  Jesus, o seu itinerário e sua comunidade de discípulos com o calendário religioso judaico. O objetivo desta relação é afirmar que Jesus é o novo Messias e aquele em quem se realizam as antigas promessas contidas nos textos do AT. Neste paralelo entre Jesus e o calendário religioso judaico quer se afirmar que Jesus traz uma nova maneira de compreender a experiência religiosa, pois com Ele a antiga lei é superada e realidades como o Templo, o culto, o sacrifício devem ser repensados, pois assim como estão já não tem legitimidade.  O evangelista quer afirmar que em Jesus e com Jesus, Deus Pai realiza uma nova e definitiva aliança. Portanto, o ponto de referência já não é mais o antigo sistema religioso, mas a pessoa de Jesus, pois Dele se desprende uma nova maneira de se relacionar com Deus, um novo culto (por isso dirá à samaritana que os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade) é uma aliança que supera as expectativas que até esse momento o povo tinha almejado. Assim, o sistema religioso tradicional é contrastado e entra em crise. Aparece um novo tempo: o tempo (kairós) inaugurado por Jesus.
O relato deste domingo apresenta então uma comunidade nova (a comunidade dos seguidores de Jesus) que se distancia progressivamente do Judaísmo e que quer afirmar sua própria identidade. Vamos ver na continuação alguns aspectos chaves do texto:
1.   Trata-se de purificar o Templo e de reconfigurar a noção que se tem dele.  A atitude de Jesus é uma verdadeira revelação: Jesus se apresenta com a autoridade do Messias, capaz não só de interpretar autenticamente a tradição religiosa, mas de julgar e até declarar abolidas algumas ideias e práticas consideradas intocáveis e imutáveis. Lembremos que o Templo de Jerusalém era para o povo a instituição fundamental, o centro da vida do país e o símbolo da glória e do poder da nação.
2.   Ao fazer este “ato de purificação” Jesus se afirma como o Messias que traz o Reino de Deus (o projeto de Deus) ao povo. O evangelista quer deixar claro que com Jesus se inaugura uma nova etapa na História da Salvação.
3.   Ao expulsar os comerciantes (negociantes) Jesus está rejeitando radicalmente a prática de transformar o religioso num negócio. Com esta ação simbólica de alto calibre Jesus declara a invalidade do culto dos potentados que tinham se apoderado do Templo e, portanto, do sistema religioso. Um culto (uma religião) que se torna instrumento de exploração do povo, especialmente dos pobres é inaceitável. Com sua ação Jesus não está promovendo uma simples reforma deste sistema senão a sua abolição.
4.   Liberando as ovelhas Jesus liberta o povo. Lembremos que a ação de Jesus é de profunda dimensão simbólica. Nos escritos do Antigo Testamento o povo era comparado com um rebanho de ovelhas conduzido por Deus (seu autêntico Pastor). Deus tinha confiado estas ovelhas aos dirigentes (religiosos e políticos) para que cuidassem delas. Porém, eles tinham traído esta missão e estavam se aproveitando do rebanho. Isto foi denunciado muitas vezes pelos profetas (entre eles Ezequiel). No sistema comercial do Templo, as ovelhas eram os animais destinados ao sacrifício: estavam no Templo, mas não para serem cuidadas senão para serem sacrificadas, assassinadas. Ao liberá-las Jesus está simbolizando a libertação do povo. Os pastores colocados a serviço das ovelhas não eram dignos desta missão. Por isso, Jesus em pessoa retoma o seu posto, como PASTOR. Isto é o que encontramos no capítulo 10 do Evangelho segundo João. Ele é o verdadeiro Pastor que dá a vida pelas ovelhas... O pastor ladrão não pensa nelas senão nos seus interesses e quando percebe o perigo abandona-as... Não é capaz de se expor por elas para salvá-las.
5.   Os cambistas (negociantes) representam o sistema financeiro. Todos os homens maiores de 21 anos deviam pagar tributo anual ao Templo e muitos donativos iam para o Templo. Para pagar o tributo não se podia fazer com moeda do Império. O Templo cunhava sua própria moeda. Óbvio, que os cambistas cobravam sua comissão. Ao derrubar as mesas e jogar pelo chão as moedas, Jesus desautoriza o sistema dos tributos religiosos. O Templo deve ser um lugar de encontro com o amor de Deus e não um lugar de exploração.
6.   A ação contra os vendedores de pombas é igualmente significativa. As pombas eram os animais de menor valor econômico para o sacrifício. Simbolizam os pobres que não tem com que comprar a salvação (segundo o esquema comercial religioso que estava organizado no Templo). Os pobres foram sempre a maior preocupação de Jesus. A religião deve cuidar do pobre em lugar de maltratá-lo. Isto é o que Jesus quer afirmar.
7.   O Templo tem perdido seu sentido, o culto tem se pervertido, a relação com Deus tem se desfigurado. É preciso resgatar estas realidades. Ao chamar o Templo “Casa do meu Pai” Jesus dá a ele uma identidade familiar: O Pai não cobra dos filhos seu amor... Deus não faz negócio com a salvação... Deus é gratuidade (graça). O Templo deve ser lugar para a experiência do amor, do encontro, da gratuidade, da salvação, da fraternidade.
8.   O Templo material seguirá sendo importante como lugar de encontro, de oração, de celebração da fé... Mas esse Templo material (todos os Templos) só terão sentido se primeiro cada pessoa se reconhece como templo vivo onde Deus mora e reconhecem também os outros como templos que merecem respeito. São Paulo o entendeu perfeitamente por isso escreveu: “Vocês são templos do Espírito Santo”.

Boa semana!